A criação da internet seguida da invenção das mídias sociais foi, provavelmente, a maior revolução pela qual o homem passou nos últimos tempos. No entanto, guiados por uma cartilha individualista, elitista, narcisista e cruel, o mesmo parece hoje não ser capaz de distinguir a vida pública da privada por estar completamente robotizado pela máquina a qual ele próprio criou. Se, de acordo com o texto "Para além do corpo cravado de likes: a revolução deverá ser lúdica!" de José Cabral, a distinção de público e privado, ou seja, a arquitetura, foi contemporânea a criação da política, vemos hoje um cenário de reinvenção desses conceitos que parecem se liquefazer diante de um universo infinito de rolagem e informações falsas e desconexas que alienam o homem, retirando o que há de mais humano e deixando apenas um corpo para exposição e uma mente vazia para manipulação.
Se o tijolos das paredes transformaram-se no fogo das firewalls e a política do diálogo e da democracia foi substituída pela tática de manipulação, joguemos o mesmo jogo e façamos a contra-revolução não com armas, mas com nosso poder lúdico de criação.
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