Guilherme Brondi
Arq & Urb - UFMG
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
HELVETICA.
Fazendo uso satírico da metalinguagem, escrevo aqui um texto sobre a estética gráfica ''Helvetica" em helvetica.
O documentário enfoca no impacto do design gráfico, que tem como função trabalhar no inconsciente do público transmitindo sensações e convidando para o que se deseja divulgar.
A criação da helvetica revolucionou o mundo do design em seu tempo. Sua estética moderna, clara e variável proporcionou uma melhor legibilidade e seu caráter neutro chamou a atenção de diversos profissionais da área, que classificavam a estética da fonte como perfeita, alcançando tudo aquilo que se almejava construir e obter a partir do design.
Sua neutralidade, assim chamada, permitia que se impactasse os anúncio de forma objetiva, garantindo significado ao conteúdo.
No entanto, após extrema popularização e uso massante, a fonte acabou se tornando controversa, sendo considerada por muitos como um clichê.
Dessa forma percebe-se no design gráfico um caráter de constante inovação, mutabilidade e revolução, a fim de garantir o impacto e a função comunicativa que move o mundo capitalista.
O documentário enfoca no impacto do design gráfico, que tem como função trabalhar no inconsciente do público transmitindo sensações e convidando para o que se deseja divulgar.
A criação da helvetica revolucionou o mundo do design em seu tempo. Sua estética moderna, clara e variável proporcionou uma melhor legibilidade e seu caráter neutro chamou a atenção de diversos profissionais da área, que classificavam a estética da fonte como perfeita, alcançando tudo aquilo que se almejava construir e obter a partir do design.
Sua neutralidade, assim chamada, permitia que se impactasse os anúncio de forma objetiva, garantindo significado ao conteúdo.
No entanto, após extrema popularização e uso massante, a fonte acabou se tornando controversa, sendo considerada por muitos como um clichê.
Dessa forma percebe-se no design gráfico um caráter de constante inovação, mutabilidade e revolução, a fim de garantir o impacto e a função comunicativa que move o mundo capitalista.
sábado, 16 de novembro de 2019
Conceitos de Hertzberger na intervenção da casa da glória
Descobrimos, a partir da leitura do livro “Lições de
Arquitetura” de Herman Hertzberger, que a arquitetura essencial é aquela que
permite a atribuição de diversos usos ao espaço, além do proposto
originalmente, sem que se perca sua identidade. Assim sendo, foram analisados
diversos pontos relacionando o livro ao espaço da casa da glória para que,
assim, pudéssemos intervi-lo da forma mais adequada possível. O conceito de ‘forma
convidativa’ consiste na ideia de que a forma dos espaços deve se relacionar
intimamente com as pessoas que o frequentam, já que toda arquitetura deve
desempenhar um papel na vida das pessoas, unindo o belo ao útil e o confortável
ao estimulante. Dessa forma, nota-se que o pátio externo da casa se encontra em
estado pouco convidativo, encontrando-se em estado de degradação e aparente
abandono, acaba perdendo sua beleza e sua utilidade como um espaço de
permanência (ou até mesmo de transição, visto que era mais confortável
transitar pelos corredores ao cortar caminho pelo pátio), criando um aspecto de
desconforto e repulsão. A intervenção proposta visa a reparação desses quesitos
ao criar uma semi-cobertura, nivelar o chão e revestir o espaço com arbustos,
gramíneas e estruturas sólidas, retomando ao espaço sua forma convidativa.
Sendo a
urdidura e a trama como, respectivamente, a estrutura base que une o conjunto e
as características pessoais e externas que atribuem uma função ao espaço, o
pátio tem como urdidura, atualmente, uma área aberta e retangular contornada
por paredes de corredores em 3 dos seus 4 lados, além de um piso de pedras
desnivelado e bancos percorrendo o perímetro dos corredores. A intervenção somou a isso uma estrutura vazada
como cobertura para gerar locais com sombra no pátio sem que ele perdesse sua
abertura, além de nivelar o piso e criar formas sólidas e escalonadas em
formato orgânico no centro, contribuindo assim para um aumento na gama de
possibilidades para a trama, que agora permite uma permanência maior mesmo em
momentos de sol escaldante, facilita o andar pelo espaço, e as formas orgânicas
propiciam diferentes tipos de forma de permanência, uso e interações
interpessoais, tudo isso sem retirar as possibilidades de trama permitidos pela
urdidura atual.
A
funcionalidade do espaço está diretamente relacionada com a eficiência
garantida pelas soluções que são dadas a certos problemas. Antigamente servindo
como um lugar de lazer somado pelo controle e observação realizado pelas
freiras sobre as internas da casa da glória, hoje o espaço perdeu a maior parte
de sua funcionalidade primordial, tornando-se um espaço residual (ainda que se
possa transitar ou permanecer no ambiente, a degradação do espaço reduz sua
função, além de não atribuir-se mais ao ideal de controle e repressão, já que a
casa não funciona mais como um internato). Apesar do estado em que se encontra,
o pátio mantem certo caráter flexível, já que ainda propicia vários tipos de
uso, abrigando ainda a influência das funções a qual era atribuídas a ele
antigamente, mesmo que a casa da glória e todo o seu contexto tenham mudado
completamente, permitindo que ele seja aberto para novas mudanças e
reinterpretações. Dessa mesma forma, também podemos afirmar que o espaço se
manteve polivalente, já que pode se prestar para diversos usos (transitar,
sentar, ser palco para performances, etc) sem que seja necessária a atribuição
de mudanças. A intervenção realizada propõe que o pátio retome seu caráter
funcional ao tentar solucionar efetivamente as questões: de incidência solar,
permitindo que a pessoa possa se adequar ao sol ou a sombra de acordo com suas
necessidades sem que precise sair do espaço próximo ao que se encontra,
garantindo uma maior permanência e menor desconforto térmico; da dificuldade de
trânsito, ao nivelar e uniformizar o piso; e diminuir o desconforto causado
pela sensação de observação direta dos andares de cima, mesmo não bloqueando definitivamente
a vista do pátio pelas janelas. Também propõe-se que seja mantido o caráter
flexível do ambiente, aumentando a possibilidade de diversidade de usos do
espaço, ainda que esteja garantido que a intervenção não soluciona efetivamente
todos os problemas do espaço, já que esses se encontram em estado de permanente
fluxo e é sempre temporário (como, por exemplo prático, a questão da incidência
solar que em épocas de calor pode ser indesejada, ao mesmo tempo que em épocas
de frio possa ser relevante). Além disso, a intervenção procura manter o
caráter de polivalência já que possibilita que o espaço possa ser de trânsito,
permanência, lazer, descanso, atividades em geral, permite que se sente ou que
se apoie coisas, sem uma função objetiva. No entanto, cabe observar que a nova
releitura também restringe a polivalência do espaço de algumas formas, como,
por exemplo, a restrição gerada pelas partes dos canteiros/jardins, que não
favorecem um multiuso em favor do cuidado e manutenção das plantas.
Tendo
por irregularidades do espaço como sendo uma gama de artefatos e objetos que
possuam um objetivo ou uso flexível e que possibilite uma liberdade de
interpretação, o atual pátio possui como exemplo desses o bloco elevado de
pedra que percorre os lados rentes aos corredores (normalmente atribuídos como
bancos, a estrutura pode desempenhar mais de uma utilidade dependendo da vontade de quem o utiliza),
além das janelas dos corredores, que além de sua utilidade do senso comum,
também possibilita que sejam usadas como espaços de apoio, ainda que pouco
comum. A intervenção cria, com as novas
formas orgânicas e escalonadas dispostas no interior do pátio, uma série de novas
irregularidades que permitem aos usuários a liberdade de escolher formas de se
sentar, se apoiar, utilizar como bancos ou mesas, encostos, palcos, e o que
mais for conveniente.
Por fim,
como demarcação territorial e articulação público-privado, podemos nos referir
ao ambiente como um espaço atualmente residual e intermediário diante dos
conceitos de público ou privado, a partir do momento que definimos espaço
público como uma área acessível para todos a qualquer momento em que a
manutenção é garantida pelos usuários. Por se tratar de um prédio
público/federal, a casa da gloria e, consequentemente, o pátio, podem ser
considerados como públicos. No entanto, por funcionar como um museu atualmente,
a casa e o pátio são mantidos e supervisionados por um grupo restrito de
pessoas e não pela comunidade que os utilizam, garantindo ao mesmo tempo um
caráter semi-privado. A intervenção não altera seu caráter publico-privado, mas
re-significa o espaço, tornando-o mais atrativo, convidativo e mais vivo e
interligado ao contexto da casa.
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
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